Clickable Container

Teste respiratório da lactose

Exemplo de código – corrigido (links endoscopia)
Exemplo de código – corrigido

O teste respiratório de hidrogénio para a lactose é usado principalmente para diagnosticar a intolerância à lactose. A lactose é um açúcar encontrado no leite e em produtos lácteos, e a intolerância à lactose ocorre quando o corpo não pode digerir completamente esse açúcar devido à falta da enzima lactase, que é necessária para quebrar a lactose (em galactose e glicose) no intestino delgado.

Como funciona o teste respiratório de hidrogênio para lactose?

Ingestão de lactose: O paciente ingere uma solução que contém uma quantidade específica de lactose – 25 g em adultos, sendo a dose dependente do peso nas idades pediátricas.

Medição do hidrogénio no ar expirado: A cada 15 a 30 minutos, o paciente sopra para um dispositivo que mede a quantidade de hidrogênio no ar expirado. Isso é repetido várias vezes ao longo de um período de 2 a 3 horas.

Por que medir o hidrogénio?

O hidrogénio é um gás produzido pelas bactérias no intestino grosso. Em indivíduos com intolerância à lactose, a lactose não digerida passa do intestino delgado para o intestino grosso, onde é fermentada por bactérias, produzindo gases como o hidrogénio. Esse hidrogénio é absorvido pela corrente sanguínea e excretado pelos pulmões, podendo ser medido no ar expirado. Em pessoas com uma flora bacteriana intestinal que produz pouco hidrogénio, pode ser útil confirmar esta possibilidade por ingestão adicional de lactulose, ou realizando o teste com medição simultânea de hidrogénio e metano no ar expirado.

Interpretação dos resultados

Aumento significativo do hidrogénio: Se houver um aumento significativo na concentração de hidrogénio no ar expirado após a ingestão de lactose, isso indica que a lactose não foi digerida adequadamente e que o paciente provavelmente é intolerante à lactose.

Pouco ou nenhum aumento no hidrogénio: Se não houver um aumento significativo nos níveis de hidrogênio, isso sugere que a lactose foi digerida corretamente, indicando que a intolerância à lactose é improvável.

Sintomas durante ou após o teste – o aparecimento de sintomas associado a um aumento do hidrogénio sugere que o doente tem má digestão e intolerância à lactose

Importância do teste

Diagnóstico preciso: Ajuda a diagnosticar a intolerância à lactose de maneira não invasiva e confiável.

Orientação para tratamento: Um diagnóstico correto permite que os pacientes façam mudanças apropriadas na dieta e, se necessário, usem suplementos de lactase para ajudar na digestão da lactose.

Identificação de causas de sintomas gastrointestinais: Pode ajudar a distinguir entre intolerância à lactose e outras condições que causam sintomas gastrointestinais, como síndrome do intestino irritável ou outras intolerâncias alimentares.

Existem alternativas ?

Sim, existem várias alternativas ao teste respiratório de hidrogénio para diagnosticar a intolerância à lactose. Cada método tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha pode depender de fatores como a disponibilidade de recursos, a precisão necessária e as condições do paciente. Aqui estão algumas alternativas:

Teste de Tolerância à Lactose por determinação seriada da glicemia – O paciente ingere uma dose de lactose e, em seguida, são coletadas amostras de sangue em intervalos específicos para medir os níveis de glicose.  Se o corpo puder digerir a lactose adequadamente, os níveis de glicose no sangue aumentarão. Se não houver aumento significativo, isso indica má absorção da lactose. Como vantagem, invoca-se que  fornece uma medida direta da digestão da lactose. Como desvantagens, considera-se que pode ser desconfortável devido à necessidade de várias colheitas de sangue e pode não ser adequado para pessoas com diabetes.
Teste Genético – um teste de DNA a partir de uma amostra de saliva ou sangue pode identificar variantes genéticas associadas à intolerância à lactose. O teste determina se o paciente é portador dessas  variantes genéticas que afetam a produção da enzima lactase. Tem a vantagem de não ser invasivo, sem necessidade de ingestão de lactose, mas como desvantagem o fato de que, se bem que detete a predisposição genética, não confirma se a intolerância está presente no momento.
Teste de Acidez nas Fezes – usado principalmente em crianças pequenas e lactentes. Mede a acidez das fezes após a ingestão de lactose, partindo do princípio de que a fermentação da lactose não digerida no intestino grosso produz ácido láctico, que pode ser detectado nas fezes. A principal vantagem apontada é que pode ser útil para crianças que não podem realizar outros testes, no entanto é muito menos preciso que outros métodos.
Diário Alimentar e Eliminação da Lactose – o paciente mantém um diário alimentar detalhado e elimina produtos lácteos da dieta por um período de tempo e depois retoma-os. Observa-se se os sintomas melhoram com a eliminação da lactose e retornam com a reintrodução. Apesar de simples, requer comprometimento e pode levar mais tempo para obter resultados conclusivos, pois pode haver outras causas de intolerância aos alimentos utilizados durante a fase de evicção.
Teste de Absorção de Lactose com Marcadores Isotópicos – utiliza lactose marcada isotopicamente. Apesar de ser preciso, é mais caro e menos disponível.

Estudo da atividade da lactase na biópsia duodenal – também realizado no Laboratório ManopH, o Biohit Lactose Intolerance Quick Test é um teste de diagnóstico baseado na detecção da atividade da enzima lactase na mucosa do intestino delgado. É uma alternativa aos métodos tradicionais. É realizado durante a endoscopia, onde se colhe uma pequena biópsia da mucosa do intestino delgado (duodeno). A amostra é tratada com um reagente que reage com a enzima lactase. O teste fornece resultados rápidos, geralmente dentro de 20 minutos, indicando a presença ou ausência de atividade da lactase na amostra de tecido. É um teste rápido, permitindo um diagnóstico quase imediato durante uma endoscopia. Uma vez que detecta diretamente a atividade da lactase na mucosa intestinal, oferece uma avaliação precisa da capacidade de digerir lactose e minimiza a interferência de fatores externos que podem afetar outros tipos de testes, como a flora bacteriana intestinal nos testes respiratórios. No entanto, é um teste invasivo, pois requer uma biópsia endoscópica, de custo relativamente elevado. Pode ser particularmente útil em situações onde outros métodos não fornecem resultados conclusivos ou quando uma endoscopia já vai ser realizada por outros motivos.

Teste da gaxilose (LacTEST):  o teste da gaxilose é um teste diagnóstico utilizado para avaliar a atividade da enzima lactase e, consequentemente, diagnosticar a intolerância à lactose. Este teste é considerado uma alternativa eficaz e não invasiva aos métodos tradicionais. O paciente ingere uma solução que contém gaxilose. A gaxilose é uma molécula sintética composta por galactose e xilose. Quando a gaxilose é digerida no intestino delgado, a enzima lactase quebra a ligação entre galactose e xilose. A xilose e galactose libertadas são absorvidas pelo intestino. A galactose é metabolizada pelo fígado, mas parte da xilose é excretada na urina. Deste modo, a quantidade de xilose excretada na urina reflete a atividade da lactase no intestino delgado. Níveis baixos de xilose na urina indicam deficiência de lactase e, portanto, intolerância à lactose. O teste requer a colheita de urina durante 5 horas e posterior envio ao laboratório de análises, sem necessidade de procedimentos invasivos. No entanto, pode ser afetado por determinados fatores, como a má absorção da xilose em algumas doenças do intestino delgado e má eliminação da xilose, que pode ocorrer em doentes com insuficiência renal.

Preparação para o teste respiratório

Para garantir resultados precisos, a preparação adequada é crucial. Isso pode incluir:

Dieta específica: Evitar certos alimentos e bebidas nas horas anteriores ao teste.

Jejum: Normalmente, é necessário jejuar por pelo menos 12 horas antes do teste.

Evitar antibióticos e laxantes: Nas semanas anteriores ao teste, já que esses medicamentos podem afetar os resultados.

Seguir as instruções fornecidas pelo Laboratório ManopH é essencial para garantir que o teste forneça resultados precisos e úteis para o diagnóstico e tratamento.

Clique para obter a preparação para o teste respiratório da lactose

Considerações sobre a hipolactasia e a intolerância à lactose

A má absorção congénita de lactose é extremamente rara, é geneticamente determinada pela ausência de lactase (alactasia), e manifesta-se com sintomas graves (diarreia osmótica aquosa intratável associada a acidose metabólica, desidratação e perda de peso) nos primeiros dias de vida, necessita de uma fórmula infantil completamente isenta de lactose, e foi relatada principalmente na Finlândia e na Rússia Ocidental.

A deficiência de lactase no desenvolvimento refere-se à deficiência relativa de lactase em neonatos prematuros com menos de 34 semanas de gestação.

A má absorção primária de lactose (devido à não persistência da lactase com o aumento da idade) geralmente manifesta-se após os 3 anos de vida em mais de metade da população mundial, dependendo da origem geográfica e etnia. Em muitas populações europeias, a persistência ou declínio da atividade da lactase está relacionada ao polimorfismo C/T 13910, com o genótipo CC na deficiência de lactase, TT na persistência da lactase, e C/T na expressão intermédia. Em outras regiões geográficas, outras mutações pontuais foram descritas. Crianças e adultos do norte da Europa apresentam a menor prevalência de má absorção primária de lactase, enquanto a deficiência de lactase predomina em adolescentes e adultos asiáticos e americanos.

A deficiência secundária de lactase, devido a danos à mucosa do intestino delgado, pode ocorrer em qualquer idade e pode ser causada por enterite infecciosa (por exemplo, Rotavírus, particularmente na infância), enteropatia (por exemplo, doença celíaca, giardíase e doença de Crohn) ou desnutrição severa e, assim, pode ser transitória e relacionada à condição subjacente.

Os termos “deficiência de lactase”, “má absorção de lactose” e “intolerância à lactose” descrevem diferentes aspectos de um processo patogénico, que são documentados por diferentes procedimentos de diagnóstico, têm relevância clínica e consequências terapêuticas diferentes.

Deficiência de lactase” refere-se à falta (alactasia – rara) ou diminuição de atividade da enzima lactase (hipolactasia), que é a dissacaridase responsável pela digestão do dissacarídeo lactose e está localizada na mucosa do intestino delgado. Pessoas deficientes em lactase expostas à lactose podem desenvolver má absorção de lactose, dependendo da quantidade de lactose ingerida 

“Má absorção de lactose” refere-se à absorção incompleta da lactose no intestino delgado, com a consequência de que a lactose ingerida atinge o cólon.A má absorção de lactose pode ser diagnosticada por testes respiratórios. A má absorção de lactose pode resultar em sintomas (intolerância) que podem ser tratados por dieta e outros meios.

Intolerância à lactose” refere-se a relatos de sintomas gastrointestinais após a ingestão de lactose ou alimentos contendo lactose.

Dieta em pessoas com má absorção da lactose – A ingestão de apenas 3 g de lactose foi relatada como suficiente para induzir sintomas em alguns indivíduos. No entanto, em estudos científicos, a maioria das pessoas com má absorção de lactose pode tolerar pelo menos 12 g na ausência de uma refeição. Em doentes com síndrome de intestino irritável (SII), a dose tolerada parece ser menor. Deste modo, a prevalência de intolerância à lactose é maior em doentes com SIII do que numa população de controlo saudável, embora a prevalência de má absorção de lactose seja comparável, indicando que a sensibilidade visceral aumentada ou outros fatores não relacionados à má absorção de lactose desempenham um papel no desenvolvimento de sintomas após a ingestão de hidratos de carbono.

A tolerância à lactose no leite pode depender de o leite ser consumido sozinho ou junto com outros alimentos, e a lactose no leite pode ser melhor tolerada do que em soluções aquosas. Quando os mal absorvedores de lactose ingerem lactose com outros nutrientes, geralmente toleram a ingestão de até 18 g de lactose sem sintomas notáveis.

Deste modo, a importância de caracterização da capacidade de digestão da lactose em portadores do SII e outras disrupções do eixo cérebro-intestino, sendo aconselhados os testes respiratórios de lactose. Por vezes nestas situações é, também necessário estudar o grau de absorção e tolerância a outros hidratos de carbono (pelo teste de hidrogénio com frutose) e excluir a possibilidade de sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado (pelo teste de hidrogénio com glicose), avaliação que poderá dar pistas importantes para a orientação dietética.

Preparação

Adicione aqui o texto do seu título

Outros procedimentos

Tratamento Endoscópico da Obesidade
Estudos de helicobacter pylori
Estudos e terapêutica na Doença Inflamatória Intestinal
Estudo do Tempo de Trânsito OroCecal (TTOC)
Anuscopia de Alta Resolução
Testes respiratórios de hidrogénio / metano
Endoscopia digestiva alta
Colonoscopia
Endoscopia convencional

Marcação

Preencha os seus dados e indique a especialidade/serviço pretendido. Entraremos em contacto para confirmar a disponibilidade e o horário mais conveniente.

Nome *
Apelido *
Email *
Telefone *
Procedimentos
Consultas
Médicos
Informações
Terça - horário a 19h
Observações